quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MIS AMADOS MAESTROS


¡Hola!
Nos primeiros dias já me apresentei como aluna de intercambio e disse de qual país era. Foi o que bastou para os professores abrirem os mais sinceros sorrisos e elogiar o Brasil. Dos 3 professores com quem estudo, 2 conhecem a boa fama da PUCPR e do Brasil! Haha!
O professor de Direito Ambiental é muito amigo de um político influente do Rio de Janeiro, além de conhecer muito bem a cidade. Nas suas exposições sempre diz: Picote, qual é a sua opinião sobre o assunto. Então, eu sempre tenho ler muito sobre o que se passa aqui no México e o que se passa no Brasil sobre o mesmo tema, para fazer uma ponte entre os dois sistemas.
O grande maestro de Direito Constitucional teve um surto estes dias na sala! haha!
Vamos a introdução do assunto: Eu amo Constitucional, portanto, não me esqueci de praticamente nada do que aprendi. Outro ponto a meu favor é que o sistema de governo e o texto constitucional é muito parecido também, ou seja, seu sempre sou muito pronta a responder tudo o que ele propõe.
O fato: Em uma de suas exposições ninguém respondia nada, ele tinha que repetir umas 2x cada pergunta. Como ninguém se manifestava eu ia lá e matava o coelho. Eis que de repente ele joga a caneta do quadro na mesa e diz: VOCÊS NÃO TEM VERGONHA QUE UMA ESTRANGEIRA QUE CHEGOU A POUCO EM NOSSO PAÍS SAIBA MAIS DO NOSSO SISTEMA DE GOVERNO E CONSTITUIÇÃO QUE VOCÊS! Eu fiquei extremamente vermelha e queria sumir da sala! haha! Ouvi aquele barulho de cabeças virando para mim e olhado com olhar fulminante! hahaha!
No final das contas meu panorama de professores ficou assim:
Direito Constitucional - o professor é um senhor de uns 70 anos de idade, que tem a maior capacidade de te fazer aprender as 7hrs da manhã (sim, eu estou madrugando na Universidade). Ele já foi deputado, ministro de governo, enfim, já esteve nos mais altos escalões da política mexicana, portanto, fala como a maior propriedade da constituição, sempre sabe o que tem de mais atual e o que estar por chegar.
Direitos Humanos - o professor é simplesmente o presidente da comissão estadual de direitos humanos e já presidiu também a cúpula nacional. Atualmente ele é o dono da cadeira de Direitos Humanos aqui, além de ser também o criador do mestrado nas mesma área.
Direito Ambiental - Toda aula tem pesquisa, toda aula tem debate. Ele faz a exposição somente em cima do que pesquisamos. Nessa aula em especial tem um monte de nerds do mais alto nível! O povo quase sai no braço na defesa do que pensa, além de falar com propriedade. Os alunos trazem fontes boas para a aula.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ESCOLHENDO MINHAS MATÉRIAS E FAZENDO MINHA MATRÍCULA


Vamos ao episódio: Escolha de matérias e matrícula.
Antes de vir para cá, a PUCPR me entregou um documento onde eu deveria listar as matérias que eu teria interesse de estudar.
A princípio eu queria me focar bastante em Direito Ambiental, então, tinha montado meu plano pré-viajem, assim: Direito Ambiental I, Direito Indígena e Direito para o Desenvolvimento Sustentável.
Chegando aqui, comecei a conversar com os veteranos e eles me deram muitas dicas sobre os professores e as matérias.
A primeira dela foi: Não faça Direito Indígena, o professor que é responsável pela matéria não é muito bom, você vai perder a oportunidade de estudar outra coisa mais legal. Sendo assim, decidi trocar Direito Indígena por Direito Constitucional.
Contudo, quando fui à primeira aula de Direito para o Desenvolvimento Sustentável, tinha apenas 3 alunos e o professor não foi, não tinha nenhuma justificativa na secretaria, então, subitamente decidi: Essa matéria também não vai ser muito boa e eles podem querer acabar com a turma por ser pouquíssima gente. Troquei-a por Direitos Humanos.
Não me arrependi das trocas! Estou com os melhores professores nas matérias que escolhi!
            Mas vamos ao trâmite da matrícula.
            Na reunião com o INTERCUCSH, cada um de nós recebeu um número e uma senha para entrar no sistema da UDG. Quando entramos no sistema podemos ver todas as matérias que estão disponíveis e assim vamos copiando o código que tem, para levar à Coordenadora do Intercambio, afim de que ela realize a matrícula.
            Matrículas realizadas é hora de assistir as aulas!

RECORRIDO AO CENTRO HISTÓRICO DE GUADALAJARA


Como eu já disse na postagem anterior o INTERCUCSH é maravilhosooo!!
Para premiar nossa chegada aqui eles organizaram um passeio pelo Centro Histórico de Guadalajara, tendo como ponto de partida a Plaza de Los Hijos Esclarecidos.
Antes continuarmos a viajem, gostaria de dizer que este post será um pouco breve, contarei como foi o passeio no geral, contudo, pouco a pouco vou colocando cada pedacinho do Centro Histórico e explicando qual a importância.
De volta ao Recorrido!
Chegando en la Plaza encontrei alguns brasileiros e já começamos a conversar. Todos eles são de da USP: Juliana e Murilo estudam Relações Internacionais e o Rubens estuda história. No decorrer da caminhada fui conhecendo pessoas de muitos outros países: Colombia, Alemanha, Espanha...
Passamos pela Prefeitura, Palácio do Governo, muitas praças e por fim chegamos ao final, onde fica o Hospício Cabañas.








Para relaxarmos fomos a uma espécie de lanchonete.
Neste lugar se uniram a nós brasileiros 2 alemãs: Camila e Ulla (como pronúncia Ôla). Sim, o nome dela é diferente e ainda ocorreu algo inusitado.
Eis que meu querido Tutor Daniel também veio a unir-se ao nosso rebanho.
Pausa para explicar o que se sucederá: Em espanhol “Oi! Tudo bem?”, dizemos “¡Hola! ¿Que tal?”.
Voltando a mesa.
Daniel pediu que cada da mesa se apresentasse, pois só conhecia a mim. Quando chegou a vez da Ulla ele disse:
- ¿Cual es tu nombre?
Ela responde:
- Ulla.
Daniel diz:
¡Hola! ¿Que tal? ¿Cual es tu nombre?
Nem preciso dizer o quanto rimos da situação!
Ok, se você não entendeu, por favor releia toda a situação. Haha!
Por fim, eu, Ulla e Camila resolvemos sair para procurar outro lugar para comer, afinal o que eles serviram lá não nos agradou: Nachos com um banha de porco crua (sim, tinha um gosto estranho).


        Agora, pense vocês na aventura que foi: 1 brasileira e 2 alemãs andando pelo Centro, procurando alguma coisa para comer, sem saber onde poderia ter alguma coisa boa! Haha!
Por fim, encontramos um lugar bonitinho e que tinha alguma coisa para saciar nossa fome!
Eu provei (até que enfim!!!) o maravilhosos NACHOS com QUEIJO. São deliciososss!!



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

RECEPÇÃO NA UNIVERSIDADE DE GUADALAJARA – PARTE II: RECEPÇÃO INTERCUCSH



Depois da Recepção Geral, cada estudante foi guiado até seu Campus Universitário. O meu campus é o CUCSH – Centro Universitário de Ciências Sociais e Humanas.
Em cada centro universitário tem um grupo de estudantes que é direcionado para ajudar os alunos intercambistas, este grupo trabalha em parceria com a Coordenação Geral de Intercâmbio da Universidade. Alguns destes alunos já fizeram intercâmbio e outros estão prestes a ir. O INTERCUCSH por meio de seus tutores organiza passeios e nos ajuda em TUDO o que precisamos por aqui.
Eu mais uma vez fui muito abençoada, pois, tenho conversado com pessoas que conheci de outros campus e lá o grupo de apoio a intercambistas não é tão presente. O INTERCUCSH é simplesmente o MELHOR!
Nesta recepção, a primeira parte foi nos cadastrarmos e recebemos um papel com o nome, telefone, facebook e e-mail de nosso tutor. O tutor é um aluno que fica responsável por um grupo de cerca de 20 alunos, para prestar apoio em tudo que você precisar.
Foi realizada uma breve exposição sobre o que é o INTERCUCSH, como deveríamos fazer nossa matrícula, lugares onde podemos praticar esportes etc. Ao fim da exposição, saímos com nossos tutores para conhecermos o campus e saber onde fica cada prédio, cantina, biblioteca, auditórios e afins.
O prédio de Direito nem preciso dizer que é o maior de todos, para se ter noção, são dois prédios bem grandes, creio com cerca de umas 100 salas de aula ao todo.
A biblioteca está bem ampla, mas ainda não pude conferir a qualidade do acervo, visto que não tenho minha credencial ainda e não gosto de ficar andando com passaporte para me identificar. Assim que eu puder conferir venho contar como ela é de fato.
Neste espaço de tempo que ficamos caminhando conheci uma menina muito simpática que também veio estudar direito, contudo, ela é aluna de intercâmbio interno, vem de Puebla.
Como eu poderia descrever a Natália? É uma menina muito sorridente e bem espontânea, de personalidade forte. Em nosso primeiro contato ela em rápida palavras me explicou como funciona o sistema jurídico aqui. Além disso, teceu várias críticas aos governantes. Pouco a pouco irei contando as coisas que vou vivendo com ela por aqui.
Não poderia deixar de descrever meu querido TUTOR Daniel. Antes mesmo que eu chegasse aqui no México ele já havia me enviado um e-mail e me adicionado no facebook para já nos mantermos em contato. Mais uma vez fui bem aventurada, ele é acadêmico de direito, portanto, tive as melhores dicas sobre os professores e as matérias que eu queria cursar.
No próximo post você irá conferir como foi o primeiro passeio organizado pelo INTERCUCSH.
Até mais!

RECEPÇÃO NA UNIVERSIDADE DE GUADALAJARA – PARTE I: RECEPÇÃO GERAL


A vida de intercambio não é feita só de Tianguis, passeios e trâmites, também tem uma das coisas mais importantes: A UNIVERSIDADE.
Para que você não se sinta um peixe fora d’água, um estranho no ninho, patinho feio ou qualquer coisa que denote que você poderia ficar perdido, a Universidade cria momentos de recepção.
O meu momento, em conjunto com todos os intercambistas, foi no dia 30/01.
Ao chegar na universidade tive que me apresentar numa mesa para deixar meu nome. Depois disto, fiquei olhado para os lados, querendo ver se conhecia alguém. Pasmem vocês, mas eu fiquei calada por 15 min. olhando             para os lados procurando com quem conversar.
Muita gente já se conhecia e já estava integrada, pois alguns vieram com amigos de seu país ou conheceram os estrangeiros no local onde estão morando aqui em Guadalajara. Resumindo, havia vários grupos e também muita gente sozinha, com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança. Tentei ver se tinha algum brasileiro, mas nada.
Eis que num momento que fui ficar um pouco mais ao sol, veio uma menina do meu lado e meio que ficou me olhando com uma cara de: Vamos conversar? Haha! Começamos um breve dialogo e já chegou um amigo dela também, ambos do Peru. Ufa! Alguém veio me salvar!

Conversamos por um breve momento, sobre que curso viemos estudar, qual seria o campus e logo fomos ao momento de recepção.
O auditório ficou tomado por muita gente! Novamente me senti numa Babel, muitas línguas sendo faladas em um único espaço!
A reunião durou pouco mais de 40min., pois foi apenas um momento do orientação sobre tudo: desde os trâmites migratórios, ônibus que se pega para ir a cada centro Universitário, cuidados com a segurança, telefones de emergência. Após esta breve fala, recebemos uma ilustre visita: MARIACHIS! Sim MARIACHIS!
Caso você não os conheça são grupos bem tradicionais de manifestação musical aqui em Guadalajara. Apenas e tão somente aqui há essa representação. Para quem vive no Paraná é mais ou menos como fandango está representado para nós.
Os Mariachis tocaram cerca de umas 5 músicas, foi maravilhoso ver todos aqueles homens entrando de sombrero, uns com violino, outros com violão e trompetes.
Nem preciso dizer que vibramos ao ouvir as músicas, pois são extremamente engraçadas, contam muito sobre amores perdidos, homens traídos, mas de uma forma cômica!









Após esta manifestação musical, fomos divididos em continentes, afim de dar um atendimento mais específico a cada variedade de idioma.
A América do Sul e Central são os continentes que mais enviam estrangeiros para cá. Acredito que é porque 98% dos países falam espanhol.
Ao retornamos para o grande salão, mais uma surpresa, fomos recebidos com uma especialidade da comida mexicana: TACOS AO VAPOR, SUCO DE JAMAICA E SUCO DE ÁGUA DE ARROZ DOCE.
Mas o detalhe tremendo não era só isso, os coordenadores do núcleo de intercambio estavam lá para nos ensinar como comer e indicar qual pimenta era mais forte. Achei isso fantástico!!!
Amei os tacos ao vapor! Dentro deles você poderia colocar tomate, repolho, cenoura e muitaaa pimenta!
Quanto os sucos, não sei explicar minha reação! Haha! A água de arroz doce me deixou um pouco enjoada, afinal, me lembrava arroz cru com açúcar. O suco de Jamaica me caiu melhor, acredito que seja pela coloração dele, que me lembrava suco de uva.
Em todo esse meio tempo encontrei alguns brasileiros de Belo Horizonte e Floripa, muito amáveis como todos nós brasileiros somos! Haha!
No próximo post vou contar como foi a recepção específica do meu campus universitário.
Até mais!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

SIM EU FIQUEI AUSENTE


Olá pessoal!

Desculpem a minha ausência de quase 10 dias, mas a correria foi intensa. Através dos próximos post que se seguirão (o que não serão poucos) vocês poderão acompanhar um pouco desta loucura toda.

Apertem os cintos que a viajem vai continuar!

TRÂMITES MIGRATÓRIOS (PARTE II)


Enfim, vamos a parte da experiência efetiva!
Quando eu fui ao Consulado do México em SP, no momento em que retirei meu passaporte eles já me informaram que eu deveria ir a Polícia Federal, no setor de imigração para fazer meus documentos.
Como sou marinheira de primeira viajem, fiquei meio desesperadinha e fui sozinha à Polícia Federal. Aliás, este foi meu primeiro passeio sozinha, pegando ônibus e me virando por aqui.
O ônibus que peguei foi o “Rota 52” e o ponto dele é exatamente no portão do Palácio da Polícia Federal.
Ao entrar na sala do Setor de Imigração, senti como se estivesse numa “Torre de Babel”. Ali se houve todo o tipo de língua e sotaque! Fiquei na fila e vi que tinha uma menina meio disposta a conversar, então puxei papo com ela e descobri que era alemã e veio com muitos amigos para estudar. Ela me deu uma ajuda preliminar, explicou-me que eu deveria ir ao balcão e pedir uma lista de documentos.
Ao chegar no balcão veio a bomba: Tu tienes CANJE?
Por Díos! Eu não fazia ideia do que seria a tal da CANJE, olhei para o atendente e falei que eu não entendi, ele fez a mesma pergunta e apontava para um computador e eu não sabia o que era. Até que ele foi lá e me mostrou que eu deveria fazer o cadastro do meu pedido no sistema de CANJE.
Acho que pior que eu, só duas chinesas que não falavam espanhol e precisavam fazer o trâmite. Tiveram que chamar um tradutor para ajudá-las.
Como os serviços lá na Imigração são das 9hrs as 13hrs, tive que voltar outro dia para entregar os documentos da lista.
No segundo dia, eu já sabia mais dos truques da imigração! Haha! Cheguei por volta das 11hrs e vi que tinha uma fila gigante só para pedir a lista de documentos. Como eu já sabia o que fazer, entrei direto para pedir uma senha para a entrega de documentos.
Na fila para entrega de documentos conheci muita gente, principalmente americanos. Uma americana me relatou que veio para cá porque a forma como as pessoas tratam seu filho autista é muito melhor, além disso, disse que os americanos pensam muito em dinheiro e trabalho e que este ambiente não era mais saudável nem para ela. Expos também que morava perto de uma fábrica onde os trabalhadores davam seu máximo 12 horas por dia, sem folga ou férias. Sim, ainda existe este tipo de tratamento no EUA.
Contudo, voltando ao relato dos meus documentos, deu tudo certo!
Chegando em casa vi que tinha um e-mail da Universidade informando que o Advogado Geral faria todos os trâmites para mim, que eu só precisaria ir para a coleta das digitais.
            Ok, respirei fundo e pensei: Menos ansiedade nas próximas ações.
            De qualquer forma fui até o Advogado Geral e o local é o que em Curitiba nós chamamos de Núcleo de Prática Jurídica. São alunos da Universidade, do curso de Direito, que estão para se formar e auxiliam as pessoas nos trâmites perante a justiça.
            A moça que me atendeu super simpática e bem disposta a ajudar no restante do processo. Eu lhe outorguei uma carta poder, no Brasil conhecida como procuração.
            Agora, só estou aguardando ela me informar o dia que preciso ir levar as fotos e deixar minhas digitais registradas no sistema de migração.

TRÂMITES MIGRATÓRIOS (PARTE I)


Vou fazer os relatos dos meus trâmites migratórios em 2 partes, afim de que não fique tão enfadonho. Na primeira parte vou contar como é a parte burocrática e na segunda vou relatar como foi efetivamente.
Os trâmites migratórios começam no Brasil, pois, quando você decide viajar ao México, pode escolher entre as 3 formas de entrar legalmente:
a) Através do visto, que pode ser retirado nos consulados (Confira aqui as localizações dos consulados http://www.consulados.com.br/mexico/);
b)      Através de uma autorização eletrônica emitida pelas próprias companhias aéreas que fazem o trajeto. Esta autorização lhe dá direito de permanecer não mais que 180 dias;
c)      Caso você tenha visto americano, este é considerado também uma alternativa.

A opção que eu escolhi foi o visto, dá um pouco mais de trabalho, mas você pode ficar mais tempo por aqui.
Independente da forma que você entre, há necessidade de se fazer alguns trâmites.
Não sei como funciona em outros países, mas aqui nos Estados Unidos Mexicanos para você entrar de forma legal tem que preencher uma FMM (Forma Migratória Múltipla). Em que consiste este documento?
É documento super simples que é entregue no avião (na companhia aérea que eu utilizei entregaram a bordo) e deve ser apresentado ao chegar no setor de imigração no aeroporto, afim de que seja carimbado com a data de entrada. Caso você tenha visto, os dois são carimbados juntos.

Depois desta breve introdução vamos aos trâmites.
Assim que você dá a entrada no país, tem NÃO MAIS QUE 30 DIAS para se apresentar na Polícia Federal para expedição do documento migratório por CANJE. Este documento é como se fosse uma carteira de identidade, assim, você não precisa ficar transitando com seu passaporte para todos os lados e é também uma obrigação como imigrante. Após sua emissão, temos que informar se mudamos de residência, estado civil ou nacionalidade.
Uma coisa interessante sobre todo este sistema é que o Governo Mexicano tem o controle de mais ou menos quantos imigrantes estão vivendo no país. Digo mais ou menos, pois obviamente os ilegais não estão na estatística.
O México recebeu em 2012 cerca de  24 373 814 de imigrantes, destes, 248 900 foram brasileiros. Estas informações podem ser encontradas no site http://www.inm.gob.mx/estadisticas/2012/Boletin_2012.pdf, o qual é um Boletim de Estatística sobre a entrada de pessoas aqui.

domingo, 27 de janeiro de 2013

PASSEIO PELO TIANGUIS E QUE SE VAMOS A PROVAR OUTRAS COMIDAS


O domingo começa bem por aqui, fui conhecer o Tianguis
Tianguis é uma feira ao ar livre que é posta nas ruas em volta da casa onde moro. Começo relatando que aqui é muito rico em frutas e verduras. Uma variedade tremenda!
A minha degustação começa pelo nosso tradicional coco verde. Contudo, aqui é bemm diferente! A água do coco é servida em pacote plástico onde se coloca um canudinho e você vai bebendo. Porém, as diferenças vão muito mais além, você pode escolher se a carne do coco (poupa, parte de dentro) é preparada ou não. Caso a escolha seja preparada é colocado limão e pimenta. Sim, eu também fiquei pensando o que seria isso!

Próximo prato: QUESADILLAS. As famosas quesadillas são feitas de tortilla e queijo. Umas senhoras ficam totillando, colocam a massa sobre uma chapa, esquentam, colocam queijo e esquentam de novo. Ela é servida e adivinha o que você pode colocar como molho?? Chillis!! Sim a mais pura pimenta!


Como ninguém é de ferro, precisava beber alguma coisa. Então vamos lá um gelado e maravilhoso Tejuíno! Tejuíno é uma bebida tradicional aqui de Guadalajara, é feito com limão, sal, milho fermentado, rapadura em caldo e gelo. Sério é algo maravilhoso!!


No final da tarde a parada foi: Tortas ahogadas. Este também é um prato tradicional aqui de Guadalajara. É um pão francês cheio de carne de porco, muita cebola, molho de tomate e PIMENTA! Algo muito saboroso também, que não tem como explicar!
Venham a Guadalajara e provem tudo isso!!




LA CALLE CHAPULTEPEC


Minha caminhada noturna do sábado aconteceu pela “Calle Chapultepec”. Calle é rua em português e Chapoutepec é o nome dela mesmo, jeje. Esta rua é um lugar famosíssimo onde muitas pessoas vão caminhar aos sábados a noite.
O que há aí?
Bem, é uma praça que divide duas mãos de carro, uma que vai e outra que vem. Neste local há muito artesanato indígena, sebo ao ar livre, músicos, apresentações de dança entre outras coisas. Para quem é Curitibano, está como a feira do Lago da Ordem.
Dos lados da rua estão ótimos cafés, bares e pizzarias. Aqui há o Starbucks Coffee entre outras marcas famosas pelo mundo do café.
A movimentação aí começa em torno das 18h30 e vai até umas 22hrs.
Para quem gosta de esculturas, no final desta rua está a mãe do “Niños Heroes”, vale a pena conferir a bela escultura que aí está posta.


sábado, 26 de janeiro de 2013

UM POUCO DE FUTEBOL NO MÉXICO

Como Rafita (irmão de Mariana) é jogador de futebol aqui, ontem fomos ao jogo de seu time, um torneio Universitário, ele joga nos Estudiantes Tecos. Mas, antes disso vamos aos comentários futebolísticos.
Aqui ninguém se esquece de Pelé na COPA de 70, quando fez muitos gols. Meu papá disse que toda Guadalajara torcia para o Brasil. Além disso, os jogadores brasileiros são visto como os melhores depois dos europeus.
As posições no campo mudam um pouco o nome:

 GOLEIRO = PORTERO
ZAGUA = DEFENSA
MEIO DE CAMPO = MEDIO
ATACANTES = DELANTEROS

Eu nunca havia entrado num estádio, então a emoção foi muito grande!
Infelizmente a equipe de Rafita perdeu, mas jogaram muito bem, havia um jogador chamado EL PONI que tinha uma habilidade incrível!
Outra coisa legal é  que a equipe tem um mascote e também há aquelas meninas de torcida fazem danças na hora do intervalo. 










EDUCAÇÃO É ALGO CULTURAL


Hoje vejo porque muitos sites recomendam o México para estudar espanhol, a educação das pessoas aqui é algo fora de série!
Meninos atenção, se você se interessarem por um muchacha mexicana, sejam cavalheiros. Em todos os lugares que fui até agora os homens foram extremamente educados! Eles abrem a porta para você nos estabelecimentos, mesmo que não te conheçam! Abrem a porta do carro, dão lugar no ônibus, colocam você para o lado de dentro da calçada, não tem como explicar todos os requintes de nobreza que eles carregam.
As mulheres são muito prestativas, te informam onde é tudo e andam sempre muito bem maquiadas.
Um amigo que viajou pela América neste fim de ano, me relatou que eu deveria me preocupar com a forma como as pessoas falam, porque há coisas que mudam de um lugar para outro. No quesito educação antes de entramos a algum lugar ou quando se quer passar por uma pessoa se diz: Permiso para pasar. Para tudo dizem gracias ou muchas gracias.
No quesito educação: ponto para os mexicanos!

O BRASIL É SÓ SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO? HÁ GENTE NO AMAZONAS?


Bem, como vocês imaginam São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades que são mais conhecidas por aqui. Quando digo que sou brasileira a maioria das pessoas me pergunta: “Vives en San Pablo o Rio de Janeiro?” Ou “San Pablo es la capital de Brazil?”.
Eu já sabia que essas coisas iriam acontecer, na reunião pré-viagem que tive na PUC fui bem alertada. Então, como um boa embaixatriz brasileira que sou digo: Não, vivo no Sul do Brasil, onde faz as temperaturas mais baixas do nosso país, especificamente no Paraná, o melhor estado do Brasil! Hahaha!! VIVA O PARANÁ!
Outra coisa que ri muito foi quando falei sobre Manaus, que é uma cidade muito grande e é a capital do Amazonas, uma pessoa me disse: Mas há gente no Amazonas? (haha!). Expliquei que há uma diferença entre o Amazonas e a Floresta Amazônica. Aquele é um Estado, como Jalisco, tem uma capital e tudo mais. A Floresta Amazônica é uma área de preservação que vai muito além do Amazonas, abarca outros estados também.
Neste momento vejo que Tacos, Burritos e Tequila estão para nós brasileiros assim como RJ, SP e AM estão para os mexicanos.

TRÂNSITO E TRANSPORTE COLETIVO


O trânsito aqui é relativamente calmo. Não há congestionamento como em Curitiba e São Paulo, já saí em horário de pico e vi que os carros não ficam parados "ad eternum".
Há muitos carros pela cidade e dirigir aqui é um desafio, as pessoas entram umas na frente das outras sem dar seta nem nada, mas no final todo mundo se entende. Como pedestres, temos que tomar muito cuidado para atravessar a rua, pois há carros que não param ainda que o sinal esteja vermelho.
O sinaleiro de pedestres é muito simpático tem um cronômetro e um boneco que fica caminhando e vai aumentando a velocidade quanto está chegando próximo de abrir o sinal para os carros.
O Transporte Coletivo é uma coisa de louco! Os camiñones (ônibus que andam dentro da cidade. Autobus são os que vão para fora da cidade) vão para onde você quiser ir, o local onde moro está bem servido, vou pegar um ônibus na esquina de casa que me deixará em frente à Universidade.
Os motoristas dirigem de uma forma muito doida, mas ninguém bate! Param em todos os lugares, basta estender a mão. Contudo, estenda bem estendida porque como andam muito apressados, poderão não ver você!
O aspecto dos ônibus é meio sucateado e dentro são sujos, mas isso é compensado pela educação das pessoas, umas ajudam as outras é incrível! Basta você falar onde você quer descer que eles te ajudam. Sei disso porque andei com meu papá mexicano e sozinha, precisamos de informação e pelo menos umas 3 pessoas entraram na conversa e ajudaram.
Além dos camiñones também há o MACRO BUS igual ao biarticulado de Curitiba, só que azul. O trajeto dele também é parecido com o do biarticulado, vai de um lado da cidade a outro em linha reta.
Outra opção de transporte é o TREN LIGERO, o metrô daqui, mas eu ainda não utilizei esse meio de transporte.
A passagem custa como em torno de $6 pesos, mais ou menos 1 real.

A COMIDA: NINGUÉM VIVE DE BURRITOS E TACOS


Enfim chegou o tópico que muitos esperavam: A COMIDA!
Já vou adiantando que terão muitos tópicos sobre a comida, mas vamos aos relatos iniciais.
Sim tem pimenta em tudo! Mas calma, vou explicar uma coisa de cada vez!
“El desayuno” (o café da manhã) é algo muito reforçado, pois aqui os horários são muito diferentes do Brasil. No café da manhã se come cerais, muita fruta, feijão, ovos, tortilla, leite ou suco. Eu me assustei no primeiro dia, pois não acostumada a comer tudo isso de manhã, mas vamos lá!
“A comida” (almoço) é servida a partir das 14hrs, os trabalhadores começam a sair por volta das 14h30 para o horário de almoço. Normalmente se come arroz (com pimenta), pasta/sopa (macarrão), tortilla, abacate, carne, feijão frito, muita verdura e um molho de chilli jalapeño. Claro que não é servido tudo isso junto, mas a tortilla nunca pode faltar.
A tortilla é uma massa de milho ou farinha, bem parecida com a tapioca na aparência, dentro você pode colocar feijão frito, carne, ovos e nunca esqueça do molho de pimenta. Aqui ela é vendida em casas de massas e as pessoas compram em quantidade para sempre ter.
Na família que estou vivendo, eles não tem colocado tanta pimenta na comida, mas já estou me acostumando ao gosto picante que tem algumas coisas.
O pão é um caso sério! Não há panaderías (panificadoras) com muita frequência, só vi uma e muito longe daqui onde moro. No WALL MART (sim, aqui também tem) há uma panadería, mas, o pão francês está longe de ser lindo e crocante como aí. Ou seja, ninguém come pão francês com frequência. O que é muito vendido é o pan bimbo (pão fatiado), para comer en la cena (janta), com jamón (presunto), queso (queijo), tortilla e um copo de leite.
Claro que isso são impressões iniciais e que os hábitos podem mudar de uma família para outra, assim como aí no Brasil, mas de uma coisa eu sei tortillas nunca faltam! Haha!
A medida que eu for comendo coisas diferente, vou escrevendo!