Enfim,
vamos a parte da experiência efetiva!
Quando
eu fui ao Consulado do México em SP, no momento em que retirei meu passaporte
eles já me informaram que eu deveria ir a Polícia Federal, no setor de
imigração para fazer meus documentos.
Como
sou marinheira de primeira viajem, fiquei meio desesperadinha e fui sozinha à
Polícia Federal. Aliás, este foi meu primeiro passeio sozinha, pegando ônibus e
me virando por aqui.
O
ônibus que peguei foi o “Rota 52” e o ponto dele é exatamente no portão do
Palácio da Polícia Federal.
Ao
entrar na sala do Setor de Imigração, senti como se estivesse numa “Torre de
Babel”. Ali se houve todo o tipo de língua e sotaque! Fiquei na fila e vi que
tinha uma menina meio disposta a conversar, então puxei papo com ela e descobri
que era alemã e veio com muitos amigos para estudar. Ela me deu uma ajuda preliminar,
explicou-me que eu deveria ir ao balcão e pedir uma lista de documentos.
Ao
chegar no balcão veio a bomba: Tu tienes CANJE?
Por
Díos! Eu não fazia ideia do que seria a tal da CANJE, olhei para o atendente e
falei que eu não entendi, ele fez a mesma pergunta e apontava para um
computador e eu não sabia o que era. Até que ele foi lá e me mostrou que eu
deveria fazer o cadastro do meu pedido no sistema de CANJE.
Acho
que pior que eu, só duas chinesas que não falavam espanhol e precisavam fazer o
trâmite. Tiveram que chamar um tradutor para ajudá-las.
Como
os serviços lá na Imigração são das 9hrs as 13hrs, tive que voltar outro dia
para entregar os documentos da lista.
No
segundo dia, eu já sabia mais dos truques da imigração! Haha! Cheguei por volta
das 11hrs e vi que tinha uma fila gigante só para pedir a lista de documentos.
Como eu já sabia o que fazer, entrei direto para pedir uma senha para a entrega
de documentos.
Na
fila para entrega de documentos conheci muita gente, principalmente americanos.
Uma americana me relatou que veio para cá porque a forma como as pessoas tratam
seu filho autista é muito melhor, além disso, disse que os americanos pensam
muito em dinheiro e trabalho e que este ambiente não era mais saudável nem para
ela. Expos também que morava perto de uma fábrica onde os trabalhadores davam
seu máximo 12 horas por dia, sem folga ou férias. Sim, ainda existe este tipo
de tratamento no EUA.
Contudo,
voltando ao relato dos meus documentos, deu tudo certo!
Chegando
em casa vi que tinha um e-mail da Universidade informando que o Advogado Geral
faria todos os trâmites para mim, que eu só precisaria ir para a coleta das
digitais.
Ok, respirei fundo e pensei: Menos ansiedade nas próximas
ações.
De qualquer forma fui até o Advogado Geral e o local é o
que em Curitiba nós chamamos de Núcleo de Prática Jurídica. São alunos da
Universidade, do curso de Direito, que estão para se formar e auxiliam as
pessoas nos trâmites perante a justiça.
A moça que me atendeu super simpática e bem disposta a
ajudar no restante do processo. Eu lhe outorguei uma carta poder, no
Brasil conhecida como procuração.
Agora, só estou
aguardando ela me informar o dia que preciso ir levar as fotos e deixar minhas
digitais registradas no sistema de migração.
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