quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

TRÂMITES MIGRATÓRIOS (PARTE II)


Enfim, vamos a parte da experiência efetiva!
Quando eu fui ao Consulado do México em SP, no momento em que retirei meu passaporte eles já me informaram que eu deveria ir a Polícia Federal, no setor de imigração para fazer meus documentos.
Como sou marinheira de primeira viajem, fiquei meio desesperadinha e fui sozinha à Polícia Federal. Aliás, este foi meu primeiro passeio sozinha, pegando ônibus e me virando por aqui.
O ônibus que peguei foi o “Rota 52” e o ponto dele é exatamente no portão do Palácio da Polícia Federal.
Ao entrar na sala do Setor de Imigração, senti como se estivesse numa “Torre de Babel”. Ali se houve todo o tipo de língua e sotaque! Fiquei na fila e vi que tinha uma menina meio disposta a conversar, então puxei papo com ela e descobri que era alemã e veio com muitos amigos para estudar. Ela me deu uma ajuda preliminar, explicou-me que eu deveria ir ao balcão e pedir uma lista de documentos.
Ao chegar no balcão veio a bomba: Tu tienes CANJE?
Por Díos! Eu não fazia ideia do que seria a tal da CANJE, olhei para o atendente e falei que eu não entendi, ele fez a mesma pergunta e apontava para um computador e eu não sabia o que era. Até que ele foi lá e me mostrou que eu deveria fazer o cadastro do meu pedido no sistema de CANJE.
Acho que pior que eu, só duas chinesas que não falavam espanhol e precisavam fazer o trâmite. Tiveram que chamar um tradutor para ajudá-las.
Como os serviços lá na Imigração são das 9hrs as 13hrs, tive que voltar outro dia para entregar os documentos da lista.
No segundo dia, eu já sabia mais dos truques da imigração! Haha! Cheguei por volta das 11hrs e vi que tinha uma fila gigante só para pedir a lista de documentos. Como eu já sabia o que fazer, entrei direto para pedir uma senha para a entrega de documentos.
Na fila para entrega de documentos conheci muita gente, principalmente americanos. Uma americana me relatou que veio para cá porque a forma como as pessoas tratam seu filho autista é muito melhor, além disso, disse que os americanos pensam muito em dinheiro e trabalho e que este ambiente não era mais saudável nem para ela. Expos também que morava perto de uma fábrica onde os trabalhadores davam seu máximo 12 horas por dia, sem folga ou férias. Sim, ainda existe este tipo de tratamento no EUA.
Contudo, voltando ao relato dos meus documentos, deu tudo certo!
Chegando em casa vi que tinha um e-mail da Universidade informando que o Advogado Geral faria todos os trâmites para mim, que eu só precisaria ir para a coleta das digitais.
            Ok, respirei fundo e pensei: Menos ansiedade nas próximas ações.
            De qualquer forma fui até o Advogado Geral e o local é o que em Curitiba nós chamamos de Núcleo de Prática Jurídica. São alunos da Universidade, do curso de Direito, que estão para se formar e auxiliam as pessoas nos trâmites perante a justiça.
            A moça que me atendeu super simpática e bem disposta a ajudar no restante do processo. Eu lhe outorguei uma carta poder, no Brasil conhecida como procuração.
            Agora, só estou aguardando ela me informar o dia que preciso ir levar as fotos e deixar minhas digitais registradas no sistema de migração.

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